Você sabia..
Segundo os historiadores, as bruxas jamais existiram e as pessoas condenadas à fogueira sob a acusação de bruxaria sequer tinham vínculos com religiões pagãs ou “demônios”. Os supostos bruxos eram, em grande parte, hereges, gente que não seguia o catolicismo. Havia também casos de pessoas que arderam nas fogueiras apenas por serem… diferentes!
A maior parte das perseguições às bruxas não ocorreu, ao contrário do que se diz por aí, durante a Idade Média, mas no início da Idade Moderna ( do final do século XIV ao início do século XVIII).
O número de condenados à fogueira por prática de bruxaria está longe de ser irrisório. Calcula-se que foram entre 40 mil e 50 mil pessoas. Alguns historiadores, no entanto, sugerem que esse número tenha passado de 200 mil.
O primeiro julgamento coletivo de pessoas acusadas de bruxaria aconteceu em 1 428 na cidade de Valais, na Suíça.
Ocorreram diversos surtos histéricos de caça às bruxas. O mais conhecido foi o da cidade norte-americana de Salem. Na ocasião, mais de 150 pessoas foram presas, julgadas e condenadas à forca depois que algumas crianças alegaram ter sido “enfeitiçadas”.
A última condenação à fogueira por bruxaria aconteceu na Polônia no ano de 1 793.
Publicado em 1 487, o delirante livro O Martelo das Feiticeiras serviu por um longo tempo de manual contra as bruxas. Era lido por católicos e protestantes. Segundo os seus autores, as bruxas tinham o poder de sequestrar e esquartejar crianças, participar de rituais de canibalismo, transformar pessoas em sapos ou cobras, envolver-se em orgias com a participação de demônios e lançar maldições só com o olhar.
Só para se ter uma ideia do ponto a que chegou a histeria coletiva: gatos pretos eram mortos por causa da “suspeita” de que pudessem ser bruxas transformadas.
O perfil de boa parte das vítimas; mulheres camponesas que moravam sozinhas – muitas vezes à beira de estradas – e que ganhavam a vida fazendo simpatias ou remédios caseiros.
As curandeiras tinham prestígio em suas comunidades. Elas faziam poções e medicamentos à base de ervas que eram vendidas à população como remédios. Também ganhavam alguns trocados como terapeutas e parteiras. Eram, em muitas comunidades, chamadas de “mulheres sábias”… até começar a histeria coletiva.
Com o passar do tempo, foi provado que uma grande parcela das ervas usadas pelas “mulheres sábias” tinham realmente poderes medicinais. É o caso da esclareia, planta que contém substâncias que ajudam a aliviar as cólicas.
Ao contrário do que é normalmente propagado, a tortura nunca foi usada em grande escala pela Inquisição. Mas é sabido que centenas de pessoas foram cruelmente torturadas com o objetivo de arrancar confissões/revelar heresias, entre elas as mulheres acusadas de bruxaria.
Um hábito comum entre os inquisidores era despir as acusadas de bruxaria atrás de tatuagens, verrugas ou marcas que indicassem ligações da pessoa com o demônio.
O Dia das Bruxas – mais conhecido como Halloween – tem origem em antigas celebrações celtas. A data coincide com o início do Samhain, uma comemoração que marcava o início do ano novo celta, o fim da colheita e o início do inverno – período comumente associado aos mortos.
Os celtas acreditavam que era possível entrar em contato com o mundo dos mortos durante o Samhain. Para eles, o contato liberava todo tipo de espírito, de pessoas mortas a bruxas e demônios. Leite e comida eram usados para acalmar esses espíritos além de que, durante as celebrações, os celtas se fantasiavam com pele e cabeças de animais abatidos. Vem daí a tradição das fantasias no Halloween.
O Halloween é festejado no Reino Unido, Irlanda, Canadá e, principalmente, Estados Unidos. Recentemente, foi exportado para países como o Brasil.
Filmes e desenhos sobre bruxas: As Bruxas de Eastwick, A Bruxa de Blair, A Feiticeira, As Bruxas de Salem, O Mágico de Oz, Branca de Neve e os Sete Anões, Abracadabra, todos os filmes de Harry Potter e outros.
Bruxos e bruxinhos mais famosos da TV e do cinema: Harry Potter, Feiticeira Faceira, Madame Min, Maga Patalógica, Samanta (do seriado A Feiticeira), Morgana (Castelo Rá-Tim-Bum), entre outros.
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